Lugares de Peçanha: histórias e memórias das ruas e parques da cidade

Publicado em: 12/05/2025 às 22:47

Atualizado em: 23/05/2025 às 02:13

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Lugares de Peçanha (década de 60) – Nonato Batista Braga

Como em muitas cidades do interior, Peçanha preserva ruas, praças e becos que carregam histórias afetivas e curiosas. Alguns desses locais foram nomeados a partir do falar popular,  refletindo o imaginário  e a vivência dos moradores.

Rua da Fonte Grande

Até a década de 1930, uma bica de madeira marcava o início do caminho para o Parque da Mãe D’Água. O local era ponto de encontro de mulheres que lavavam roupas em potes de barro, entre conversas e cantorias. Além disso, um cruzeiro foi erguido ali para simbolizar a chegada do século XX.

Morro do Segredo

O morro íngreme era o caminho para um local   chamado Tanque, hoje bairro Alvorada. O nome do morro é cheio de histórias e palpites . Algumas versões sugerem que o local era usado por pessoas que chegavam das roças para resolver necessidades fisiológicas, antes ou depois da missa dominical .Outras histórias apontam que o morro servia de refúgio para casais apaixonados que buscavam o anonimato . A origem exata do nome, no entanto, ainda é um segredo.

Bancada

Este caminho estreito, que leva ao Parque da Mãe D’Água, oferece uma vista privilegiada da cidade, que dali se revela como um presépio vivo. Aos domingos, era o destino favorito de casais que descansavam em bancos de madeira enquanto crianças brincavam pelo local. Atualmente, sem trânsito de veículos, abriga uma imagem de Santo Antônio, padroeiro da cidade.

Parque da Mãe D’Água

Principal ponto turístico de Peçanha, o parque se destaca pela vegetação exuberante e por uma mina d’água cercada de lendas e referências à mitologia indígena. No passado, o espaço era cenário de piqueniques e dos famosos corações talhados em árvores por casais apaixonados. Hoje, o local abriga um campo de futebol e continua sendo ponto de encontro para jovens que praticam esportes e exploram suas trilhas. Mesmo com o passar do tempo, o Parque da Mãe D’Água segue como um dos maiores símbolos da cidade, preservando sua beleza e sua história.

Raimundo Nonato Braga (Revoadas, Casos e Contos, livro escrito pelo grupo 70eUns)

Nonato Batista Braga

Equipe Editorial

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